terça-feira, 18 de outubro de 2011

CAMINHO DAS ÀGUAS DOCES


CAMINHO DAS ÁGUAS DOCES


CONHECI A LAGOA DOS PATOS NA DÉCADA DE 90 E REALMENTE FIQUEI ENCANTADO COM SUA MISTERIOSA BELEZA. JÁ A SERRA DO SUDESTE, CONHEÇO A BEM MAIS TEMPO E TAMBÉM NÃO DEIXA NADA A DESEJAR A LAGOA DOS PATOS EM MATÉRIA DE BELEZAS NATURAIS; LOGO RESOLVI ATRAVÉS DA EXPERIÊNCIA DO CICLOTURISMO, JUNTAR ESSAS DUAS MARAVILHAS EM UMA SÓ VIAGEM. PARTINDO DO MUNICÍPIO DE ENCRUZILHADA DO SUL, PRETENDO EM SETE DIAS, FAZER UM PERCURSO ONDE DESCEREMOS A SERRA DO SUDESTE PASSANDO POR DOM FELICIANO E CAMAQUÃ E CHEGANDO A LAGOA DOS PATOS PELO MUNICÍPIO DE ARAMBARÉ, COSTEANDO A LAGUNA ATÉ SÃO LOURENÇO DO SUL, PASSANDO PELAS LOCALIDADES DE SANTA RITA DO SUL E PACHECA E RETORNANDO A SERRA DO SUDESTE EM UM PERCURSO QUE LIGA CRISTAL A AMARAL FERRADOR E UM BALNEÁRIO CHAMADO PASSO DA GUARDA ÀS MARGENS DO RIO CAMAQUÃ, PARA DALI RETORNAR A ENCRUZILHADA DO SUL.







MESMO O TOTAL DO PERCURSO FICANDO EM APROXIMADAMENTE EM TORNO DOS 400 KM, NÃO HA NENHUM EXAGERO EM MATÉRIA DE DISTÂNCIA, POIS NAS EXPERIÊNCIAS DE CICLOTURISMO, SETE DIAS É MAIS DO QUE TRANQUILO PARA PERCORRERMOS SEM MAIORES SACRIFÍCIOS ESSA DISTÂNCIA, SENDO QUE A ALTIMETRIA É BAIXA, SAINDO DE ENCRUZILHADA QUE FICA A 432 M ACIMA DO NÍVEL DO MAR (O QUE NÃO É MUITO) PERCORREREMOS "O CAMINHO DAS ÁGUAS DOCES" TODO ELE AO NÍVEL DO MAR, NÃO EXIGINDO ASSIM MAIORES DESGASTES FÍSICOS DOS AVENTUREIROS. E POR FALAR EM DESGASTES FÍSICOS, FICA AQUI A DICA DE QUEM JÁ FEZ ESSE CAMINHO DE BIKE: EMBORA SEJA AO NÍVEL DO MAR AS DISTÂNCIAS EM TORNO DA LAGOA DOS PATOS, UM ELEMENTO À SER CONSIDERADO É O FORTE VENTO QUE AGEM SOBRE A REGIÃO DURANTE TODO O ANO, POR ISSO DECIDIMOS PERCORRER PARTE AO MENOS DESTES TRECHOS, PELA MANHÃ BEM CEDO, PORQUE GERALMENTE O VENTO COMEÇA A SE INTENSIFICAR POR VOLTA DAS 9:00 DA MANHÃ, OU SEJA, ESSA DICA ACABA POR SE TORNAR PRECIOSA POR DOIS ASPECTOS, POIS POUPA O CICLISTA TANDO DO DESGASTE DESNECESSÁRIO DO ARRASTO DO VENTO E OS EFEITOS DO SOL FORTE, QUE PODE SE TORNAR ESCALDANTE DEPENDENDO DA ÉPOCA DO ANO QUE SE DECIDA FAZER A VIAGEM.
NA QUESTÃO DO PLANEJAMENTO, EM UM PRIMEIRO MOMENTO IRÍAMOS LEVAR BARRACAS PARA PERNOITAR EM CAMPING'S, MAS AO CONSULTAR O TARIFÁRIO DE POUSADAS NA REGIÃO E CONSTATARMOS QUE OS PREÇOS SÃO MUITO BONS, POR SE TRATAR OS MESES DE SETEMBRO/NOVEMBRO COMO BAIXA TEMPORADA, RESOLVEMOS TIRAR O PESO DAS MOCHILAS (QUE TERIAM DE SER ALFORGES NA VERDADE) E LEVAR SOMENTE O ESTRITAMENTE NECESSÁRIO. SÁBIA DECISÃO, JÁ REFORÇOU UM AMIGO COM LARGA EXPERIÊNCIA EM CICLOTURISMO; COM POUCO PESO A CARREGAR GANHAMOS E MUITO, EM TEMPO, AGILIDADE, DEGASTE FÍSICO E ATÉ EM ASPECTOS QUE EM UM PRIMEIRO MOMENTO NÃO PARECEM MUITO SIGNIFICATIVOS MAS O SÃO, COMO O ATO DE DESCERMOS DA BIKE PRA FOTOGRAFARMOS PAISAGENS, QUALIDADE DO SONO ETC..
JÁ DIZ O DITADO POPULAR:" QUANDO A CABEÇA NÃO PENSA, O CORPO PADECE", ENTÃO MESMO UMA VIAGEM CONSIDERADA DE MÉDIA/CURTA DURAÇÃO COMO A NOSSA, TEM DE TER PLANEJAMENTO E AQUI VAMOS DEIXAR ALGUMAS DICAS PARA AQUELES QUE QUEIRAM SE AVENTURAR PELAS MESMAS ESTRADAS E CURTIR OS ENCANTOS TANTO DA NOSSA QUERIDA SERRA DO SUDESTE, QUANTO DA MÍSTICA LAGOA DOS PATOS.





segunda-feira, 1 de agosto de 2011

PISANDO NA TERRA







Não é de hoje que gosto de aventuras, um presente pra mim(?); será sempre bem vindo um convite pra transpor os muros da cidade. A sensação de liberdade e a simplicidade que provem destes pequenos rompimentos com a nossa vida cotidiana são realmente uma dádiva pra esse cara aqui. Quando estas aventuras são compartilhadas com nossos amigos então, ganham em intensidade e ficam reforçados os elos de amizade por termos divididos momentos tão especiais que sempre, mas sempre acontecem quando nos largamos natureza à dentro em busca de "sei lá o quê", pois isso é muito pessoal. O certo é que independente do quê busquemos quando nos permitimos fazer esses "retiros", ha um ponto de convergência em pelo menos um aspecto de nossas experiências; que é aquela sensação gostosa que não sabemos explicar muito bem e que geralmente somos tomados quando retornados aos nossos lares, aquela percepção de que estamos a plenos pulmões, com as baterias recarregadas e tomados de um estado de ânimo muito incomum, que dificilmente provem de um final de semana qualquer onde não rompemos com o concreto das grandes cidades. Na natureza realmente ha uma força que escapa as nossas voltas com o intelecto, não é passível de nem uma explicação racional de o quê em essência Ela nos dá. Logo não seria eu insano de querer cristalizar estas dádivas em forma de texto. Só quero dividir aqui o quanto isso tudo é positivo para nós, o quanto nos sentimos agraciados enquanto filhos dessa "Grande Mãe" que está em tudo à nos ofertar amor em cada centímetro de terra, no rugido das matas, no hálito da cachoeiras, na rima dos córregos, no giro da terra quando dizemos ao Sol: "Até amanhã meu Rei" ou na poeira da Via Láctea em uma noite de lua nova à imprimir sua luz em nossas retinas de homens, para que não esqueçamos nunca mais, de "Quem" realmente somos filhos...

domingo, 17 de julho de 2011

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Porta para o infinito

Abençoado reflexo... Parede espelho, porta, acesso... Que mundo é o real? o de lá ou o de cá?











Aqui um portal existente na montanha

terça-feira, 21 de junho de 2011

43Luzes: Vida e mais vida

43Luzes: Vida e mais vida: "Espiando através do paraíso Apenas vida existe, o que não existe não está vivo e não existe Os mortos não estão vivos e os vivos não mor..."



Neste momento registrado pela fotografia eu estava num estado que foi do cansaço e peso corpóreo à leveza e paz após um sono forte e repentino.Depois de dar uma dormidinha de 20minuts (não tenho certeza,o tempo estava meio distorcido na minha mente) eu estav num novo estado e me veio uma idéia tranquila de morte e vida,vida e morte.Sem medo ,apenas confiando nos planos cósmicos...senti muita paz naquele momento e a certeza que vamos estar bem.

A egrégora da montanha





A egrégora da montanha

Entramos na órbita da "indiada" vindos de "mundos distintos", cada um dos amigos chegando de suas casas,famílias e e lugares onde vivem.Em comum a amizade e a relação com a mítica Encruzilhada.Aproveito para agradecer a companhia dos amigos Jonas e Luciano na nossa pequena expedição.Com humor e contrariando a "opinião pública" encaramos uma jornada as frias entranhas de Encruzilhada.Decidi aceitar o convite sem me perguntar porquê queria estar lá.Depois compreendi que somos compelidos, alguns momentos,por uma força que não se pode conceitualizar.As buscas podem ser individuais mas o processo é coletivo,independente do que se acredita.O simples fato de sair com os amigos para encarar juntos alguns momentos de sacrifícios e dividir tarefas já seria de grande valia, mas também havia uma despretensiosa vontade de buscar alguma coisa naquele lugar.A percepção coletiva não impediu uma vista particular daqueles instantes.Foram dias de intensa atividade das "energias" até a volta ao dia-à-dia.Se passaram algumas semanas e agora consigo organizar melhor o mundo das idéias para compartilhar o "brinde".Vivemos momentos de esporte,filosofia e principalmente nos divertimos com leveza,como crianças.As vezes vale arriscar sair da "zona de conforto da razão",que nos limita, e sentir a liberdade de apenas fazer parte de alguma coisa que é muito maior e perfeita . Deixar levar-se e perder a noção de tempo e espaço. E quando voltamos ao cotidiano do nosso mundo ficou uma sensação de paz e força interior . Tenho certeza que cada"peça"voltou para as engrenagens de suas vidas.A mecânica celestial é realmente bela e perfeita e nós estamos fazendo o que tem que ser feito,com medos e orgulhos...seguimos em frente.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Evasão, um convite...







Nirvana é palavra sânscrita que significa "evasão da dor". Samsara é o ciclo de renascimento e morte que nos põe em contato com a dor, podemos dizer genéricamente, que samsara é o mundo, e nirvana é a evasão deste mundo; por isso os retiros são considerados nas filosofias orientais como uma "jóia de refúgio", onde temos a oportunidade de nos evadirmos -em um certo sentido- do samsara ou seja, do mundo das formas onde habita o sofrimento que faz parte do "eu". É certo dizer que não é difícil buscar uma pequena evasão, até de uma maneira bem simples e particular; saindo de nossa rotina(nos evadindo) já podemos ver as coisas de uma outra perspectiva, "subir a montanha" é um ato físico mas também um ato espiritual que tem significados paralelos e internos em nosso ser, de grande valía e de transformações profundas em nossa maneira de ver o mundo e à nós mesmos. Subir a montanha, sair da cidade, entrar em contato com a natureza, participar de um retiro, simplesmente livrar nossas mentes das opressoras engrenagens de nossa rotina, já é um grande alento e nos revigora em todos os sentidos, além de nos servir talvez como uma referência fundamental, para que um dia façamos a nossa "Grande Evasão".

"Da mesma maneira, que os maiores rios, o Ganges, o Jamnã, o Aciravati, o Sarabhu, o Mahí, se dirigem, deslizam e gravitam para o mar, também os religiosos, realizando o Óctuple Caminho ariano, se dirigem e gravitam para o Nirvâna". Samyutta Nikãya






quarta-feira, 15 de junho de 2011

Vida e mais vida

Espiando através do paraíso

Apenas vida existe, o que não existe não está vivo e não existe



Os mortos não estão vivos e os vivos não morrem



Cada momento é um processo de vida e de morte. Isso que digo não tem nada de 'trágico ou filosófico" de fato, digo aquilo que É, confirmo sua existência quando existo no aqui e agora. O momento atual "morre" para nascer (vir a luz/ viver) noutro , no próximo  momento agora, ao novo momento...ao  inédito e efêmero momento atual, pois só existe o agora e nada mais. O Todo,  o infinito existe apenas no agora, agora, agora...infinitos agoras...infinitos. O infinito e o agora são a mesma coisa.
QUE VIVAMOS EM PAZ E AMOR CONOSCO MESMO, SÓ ASSIM VIVEREMOS A TÃO SONHADA 'PAZ MUNDIAL' E Etcs COM OS DEMAIS SERES HUMANOS E O COSMOS TODO.





(esta imagem foi obtida quando estavamos voltando. Qual o sentido desta caveira 'no meio do caminho'??? ela provavelmente simboliza a passagem, alguma coisa aconteceu ou vem a acontecer agora...e reparem nas energias a volta...) 

Vistas distantes da montanha mágica




Só reparre...esvazie seus pensamentos e mergulhe na imagem... se preferir com um som ao fundo - aquele que você mais gosta e lhe deixa tranquilo(a)...e relaxe na imagem...apenas relaxe...








Esta imagem é uma vista distante da montanha lá ao fundo no horizonte, onde tudo é mais puro e natural.



quarta-feira, 1 de junho de 2011

"Rodopiando na fúria do ciclone, reinvento o céu e o inferno".




"Mas vós, filhos do espaço, vós, inquietos no descanso, não caireis na armadilha nem sereis domados. Vossa casa não será uma âncora, e sim um mastro...Não dobrareis as asas para passar pelas portas, nem curvareis as cabeças para não bater no teto, nem tereis medo de respirar para que as paredes não rachem e caiam. Não vivereis em tumbas feitas pelos mortos para os vivos. E apesar da magnificência e do esplendor, vossas casas não guardarão seus segredos nem abrigarão vossos desejos. Pois aquilo que é ilimitado em vós habita a mansão do céu, cuja porta é o orvalho da manhã, e cujas janelas são as canções e o silêncio da noite". (Khalil Gibran)

Calçando as Botas


É certo que uma viagem não começa quando colocamos nossos pés na estrada, ela nasce de um impulso, esses que temos muitas das vezes quando estamos “distraídos”, jogando conversa fora com um amigo ou mirando o teto de nossa sala deitado ao sofá, se ela depois irá se concretizar, aí são outros quinhentos; digo isso porque temos a tendência de inventarmos mil projetos pra nossas vidas já tão atarefadas, mas que no fundo e na maioria das vezes acabam não saindo do plano de nossos devaneios. O porquê desse nosso comportamento: acho que está bem claro para nós o quão somos acomodados para algumas atividades nos dias de hoje, atividades essas que nos faça sair de nossa zona de conforto. Explicações e desculpas temos as pencas para essa letargia mental, que acaba gerando indisposição física, podemos começar pelo clássico: falta de tempo ou falta de grana, passando por filhos, compromissos de trabalho etc. quando o que temos na maioria das vezes é um apego enorme a nossa rotina e nosso “bendito” conforto, ah por falar em conforto lembrei Gibran: “Faz pouco do vosso bom senso e o deposita sobre o algodão, como um frágil vaso...Na verdade, o desejo de conforto mata a paixão da alma, e depois vai sorrindo ao funeral”, sábias as palavras Khalil! Quantas vezes pensamos em talvez não irmos ao cinema que estava em nossa programação e depois de enxotarmos a preguiça acabamos por assistir a um filme que virá a nos contagiar por semanas, e depois nos perguntamos: veja só o que teria perdido se acabasse acatando a sugestão daquele lado indolente de minha mente, que me dizia: não vá! Este é o ponto, é nessa sombra que devemos lançar luz, não só para colocarmos em ação uma pequena e despretensiosa aventura como a nossa – que acabou se tornando uma linda experiência - mas para todos os desafios e oportunidades que a vida nos apresenta e acabamos por tratá-las até com certo desdém e fazendo isso deixamos de fazer sabe lá que boas conexões com a Vida. Quando a relação imagem/ação é levada a cabo, muitas coisas maravilhosas se processam em nós, mesmo que num primeiro momento pareçam insignificantes para nossa ainda limitada consciência, então amigos; calcemos as botas.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Nossa sala de stars





Estação estrela



Breve depoimento


Foi um convite inusitado para mim. Luciano (Rachidi) nos convidou (a mim e o Régis) para uma aventura, na realidade nem ele sabia, não era uma aventura, era muito mais um chamado para uma experiência sem volta, uma transformação, uma reforma interior. Toda organização, o pensar num acampamento, o trajeto, o peso da mochila e dos mantimentos, o bocado de desconforto físico, a imprevisibilidade, frio no amanhecer, a ansiedade pelo novo, enfim, tudo aquilo que saia do meu convencional, que me arrancava do conforto físico, mental e psicológico não pesou nada perante a grandiosidade da entrega no momento presente, no aqui e agora. Durante todo o tempo em que aconteceu a experiência, muito antes de atingirmos o plano da montanha mágica, o tempo estava alterado dentro de mim; não sei quantos dias tudo isso levou, mas não voltei a ser mais o mesmo. Não tenho dúvidas que algo rebentou em meu interior, o velho morreu, a “vaquinha” foi empurrada no penhasco.
A montanha é mágica e há lá muita energia para qualquer processo espiritual. Naquele lugar é possível o silêncio, olhar para o infinito, perceber seu próprio Ser, reparar as impurezas que nos acompanham (o ego, os padrões inconscientes e a mente negativa, por ex.) e deixar que a terra, a montanha processe isso tudo para você e em troca ela lhe devolve energia boa, paz, tranquilidade... (continua).